quinta-feira, fevereiro 11, 2010

A VER VAMOS...E VIMOS.

"Não precisas de te matar jovem pois já o fizeste, se calhar estás a pensar em arranjar mais umas confusões com o treinador e dares mais cacetadas dentro de campo e arranjares mais ressacas durantes os jogos e levares mais cartões, em vez de jogar à bola, tal como fizeste no SLB na maior parte do tempo.
A ver vamos!"


Isto foi o que eu escrevi aqui no blog numa entrada antiga aquando da ida de João Pereira do Braga para o Sporting. Conhecendo já o jogador desde o tempo em que jogou no Benfica e sendo, modéstia à parte, cada vez mais um excelente analista de futebol e dos seus meandros dentro e fora das quatro linhas, vacticinei que este poderia ser um cenário para o seu desempenho no novo clube.
Eis que na meia final da Taça a Que Ninguém Liga o jogador confirmou a minha previsão ao ser expulso com vermelho directo logo aos 9 minutos de jogo creio eu. Num lance ao seu estilo, cheio de genica e da animalidade, de alguém completamente desmiolado... e porquê?... porque fez uma entrada daquelas num jogo de uma meia final de uma taça a eliminar num só jogo, quando a sua equipa tinha a pseudo vantagem de jogar em casa, com um rival secular, tão cedo na partida.
São muitos argumentos maus e péssimos juntos. Tive razão e só espero que ele tenha aprendido mais uma lição e que esta lhe valha pois o João Pereira é muito bom jogador e tem lugar até na selecção quando se concentra e joga aquilo que sabe... à bola e na bola.
Para já vejam aquilo que ele consegue fazer sem bola!

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

COISAS DO TÚNEL!

Há quem dissesse que o grau de desenvolvimento de um povo media-se pelo valor que davam ao seu passado histórico, outros ao tratamento que prestam aos seus idosos, outros à preservação da fauna e flora..etc,etc,etc. No nosso caso espero que nunca tal afirmação use como termo de comparação o futebol português. O currículo que passo a apresentar em imagens alusivas, directa ou indirectamente, é prova em absoluto dessa afirmação. Currículo esse que foi enriquecido muito recentemente com mais um acrescento que louva e enobrece o nome de Portugal além fronteiras.

CURRÍCULO DO FUTEBOL PORTUGUÊS: ANOS RECENTES
(a ser apresentado em futuras candidaturas a eventos desportivos internacionais)

1997- Jogador que não é convocado para jogo da selecção nacional parte para a porrada contra o seleccionador nacional numa tentativa de castigo e, quiçá, numa estúpida esperança que este reconsiderasse e o convocasse. O adjunto intrometeu-se e também levou na cara. Curiosamente (ou não) havia repórteres na área e o episódio ficou registado. Não há como escapar.


2002- Jogador da selecção nacional agride com soco no baixo ventre, vulga barriga, em pleno jogo, o árbitro por discordar de uma decisão por este tomada. Esqueceu-se por momentos que desde há muito que os jogos são televisionados.


2007- Jogador da seleccção nacional em pleno jogo do campeonato mundial de sub-20 rouba o cartão vermelho do árbitro quando este se preparava para o mostrar a um colega de equipa. A ideia até que era boa e lógica: se o árbitro não tiver o cartão...não o pode mostrar, mostra o amarelo na pior das hipóteses. O plano estava condenado à partida pois esta inteligência esqueceu-se que quem manda é o árbitro e quando este recuperou o cartão mostrou-o ao colega e depois ao prevaricador. Mais uma vez a juventude toldou o raciocínio parco deste atleta que esqueceu-se que também os campeonatos do mundo são televisionados.


2008- Seleccionador nacional tenta agredir com murro de punho fechado, vulgo soco, um jogador adversário com desculpa que este estava insultando e atacando os seus pupilos. Esqueceu-se do seu lugar e de que as câmaras adoram estas confusões mesmo quando elas acontecem depois do jogo acabar, pois não deixam de gravar quando o árbitro apita para o fim.


2008- Dando um descanso à selecção nacional, as atenções viram-se para o campo dos comentadores e dos pseudo dirigentes desportivos. Primeiro alvo é um mediático comentador que sofre uma espera fora dos estúdios onde palestrava, certamente por causa de algum comentário que teceu e que não foi de agrado de alguns ouvidos. O reforço de porrada esperava conseguir suavizar o raciocínio deste para medir melhor as palavras. Mas parece que o comentador soube defender-se ao pontapé e evitar danos maiores para a sua cara. Algo que também parece não ter sido atingido foi o seu ego e a sua voz pois os seus comentários não mudaram de tom. Neste caso não houve imagens mas talvez agora a estação pondere a colocação de câmaras de vigilância à saída para não perder pitada do próximo ataque.


2009- Este comentador e dirigente desportivo em par-time foi alvo de idêntica espera (quem sabe feita pelas mesmas pessoas) supostamente pelas declarações ou intenções que podemos ler em rodapé na imagem. Fazer carreira desportiva em Portugal no que toca à vertente do dirigismo pode por vezes ser muito doloroso, se bem que não conseguimos ver de novo qualquer mazela provocada por esses esbirros, o que leva a desconfiar que, também pela falta de imagens, sejam mulheres, adeptas de futebol, e nós sabemos bem o entendimento que as mulheres têm do futebol, especialmente das regras. Por isso deverá de ter sido uma claque feminina recém criada, que num momento de típica exaltação clubística decidiu desancar nestes dois profissionais do comentarismo.


2010 - Um reincidente nestas andanças que, desta feita, executa o acto de porrada enquanto Director Desportivo de um clube, imagine-se. O acto foi consumado no espaço sagrado e cheiroso que é o balneário de uma equipa de futebol e o alvo foi a mais recente contratação da selecção nacional, sim, as selecções já são autênticos clubes e fazem naturalizações como um clube faz uma contratação. Não temos imagens do arraial mas esta cena tirada quando ambos eram colegas de equipa já dá para ver que o agressor que se encontra na esquerda, já está a tirar as medidas à vítima, mal esperando para lhe fazer a barba a murro.


2010 - Se já na situação anterior estávamos de volta à selecção, embora indirectamente, eis que este próximo acto desmiolado atinge o zénith deste currículo ao juntar a selecção nacional e o comentarismo. O actual seleccionador nacional, em pleno aeroporto antes de embarcar para o sorteio do Euro 2012, envolve-se ao murro com um antigo comentador desportivo (à direita na imagem) que por acaso se encontra ao serviço da UEFA, tendo ambos que ser separados, imagine-se por quem, pelos passageiros que se encontravam no local. Não há imagens, apenas as declarações em jeito de flash interview depois do festival de punhadas, fazendo um rescaldo do acontecido e dizendo que afinal não tinha sido assim uma coisa muito grave.

Esta é a cereja em cima do bolo e que definitivamente nos coloca nos píncaros do futebol internacional, enquanto motivo de chacota e de exemplo do mais básico animalismo e falta de educação. O povo não merece pá!

O 25 DE ABRIL AO CONTRÁRIO


Foi Francisco Adolfo Coelho, eminente pensador, membro presente no apogeu da Geração de 70 nas Conferências do Casino em 1871, tendo a cargo uma conferência intitulada "O Ensino" (curiosamente), classificada por Carlos Reis como "a mais bem estruturada", que redigiu a melhor definição do "português" que ainda hei-de colocar aqui neste blog um dia pois vale a pena ler. Essa definição explicaria na perfeição a causa deste país ser a miséria que é: é que é estrutural, está gravado na genética do povo, da sua cultura e modo de ser, e se alguma vez pensarmos em melhorar a nossa nação, temos que fazer tábua rasa de muita coisa. É claro que tudo começaria com o sistema de ensino para definir-se um ponto zero a partir do qual se poria em prática "a política correcta". O problema está em chegar a essa politica.
Este país talvez nunca esteve verdadeiramente bem, e continua mal. A grande causa a meu ver é a corrupção e a ausência de pessoas correctas nos locais correctos nas alturas certas da História. Tal continua a subsistir, ou seja, continuamos a ter as pessoas erradas nos locais correctos, seguindo políticas parcialistas e minoritárias...o quando Histórico já nem é relevante: estamos sempre na crise. Mas aproximamo-nos de um ponto de ruptura, de transformação radical...de Revolução diriam...NÃO, não de revolução...de anarquia!
A nossa sociedade portuguesa, mas também ocidental, ao continuar os trilhos de uma política dita socialista que assenta na distribuição desigual da riqueza, no privilégio e protecção de uma minoria que suporta os interesses do Estado e na gestão dos seus recursos espremendo a população activa, caminha para o desastre.
E já houve avisos como na Argentina há alguns anos atrás em que o povo saiu para a rua tal era o grau de insatisfação. O POVO...sim o nosso Zé Povinho, ignorante, crítico, mas com um apurado senso comum a continuar esta vida irá...melhor, tem de fazer o mesmo, pois só assim é que este país vai finalmente regenerar-se.
Não foi com a Revolução Liberal de 1820, não foi com a Implantação da República em 1910, e não foi também com o 25 de Abril de 74 que o país melhorou, pois não houve lideranças que fizessem as alterações estruturais nas mentalidades.
Sim, o 25 de Abril não mudou nada e porquê? Porque quem fez a Revolução não foi o Povo, o POVO estava a dormir e acordou com o troar dos tanques, senão continuava na cama para mais um dia. O Povo não fez a Revolução, assistiu; quem a fez foram os militares que abriram caminho para uma pseudo democracia. As verdadeiras e as grandes revoluções são feitas pelo Povo, por essa massa anónima, uma turba movida por um sentimento estilhaçado de insatisfação comum. O 25 de Abril não foi uma Revolução foi uma mudança de gerência com alguns benefícios sociais. Ao cabo deste tempo todo muitos podres do sistema ainda cohabitam.
Só quando o Povo sair todo à rua espontanemante, sem convocatórias de forças sindicais ou partidos políticos, sem fins ideológicos que não sejam o da justiça social, e parar com tudo e for à procura dos que governam, para si e não como mester aos outros...aí sim, quando a anarquia estiver instalada por um breve momento, far-se-á a tábua rasa para começar de novo.
O truque...bem, o truque está em fazer aparecer, talvez pela primeira vez, a ou as pessoas idóneas para governar num "25 de Abril ao contrário", quando seja o cidadão a acordar as tropas.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

ERRO DE CASTING.


Olhem para esta cena retirada da nova série da pimbalhada juvenil que são os Morangos com Açúcar e vejam só o tremendo erro de casting ocorrido. Não sei como é que foi possível isto acontecer pois os ditos pimbas já vão em sete temporadas e já deviam de ter experiência suficiente para não cometer estes lapsos: sempre pautaram o elenco com jovens moçoilas atraentes vagueando em trajes menores quando não era mesmo em bikini em filmagens invernosas tudo em prol da qualidade e do realismo da série obviamente.
Mas quando estavam a fazer o casting para esta nova sequela deve de ter faltado a luz quando se preparavam para começar a escolha de candidatas a esta personagem: "Epá que chatice ter faltado a luz agora que estávamos já prontos a despachar isto. É a última personagem...epá, olha Manel manda entrar a primeira candidata que fazemos isto mesmo assim... Como se chama?
"jehoçbhçoegvhoir"
"Ah bom! Tem experiência televi...caraças que raio de pergunta esta, claro que não é preciso ter experiência, basta ter um par de... bem, em frente, a menina é jeitosa...quero dizer, é saudável, trata bem do corpo, está em forma?"
"suagogasovs"
"Bem deve de estar senão não vinha a este casting. Olha tá feito! Bem vinda, vá lá assinar o contrato na secretaria que depois vemo-nos..."
E pronto, tiveram que amarrar com a tronchuda!
Será que é uma aberta na política descarada de venda de um ideal de corpo humano jovem e bronzeado só para agradar à vista...ou foi só o dijuntor que disparou?

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

ESCAPE FROM...HAITI.


A popular saga de Snake Plissken, um anti-herói, feito anti por traição do seu governo, muita à imagem dos retornados do Vietnam que também é abordado em Rambo, é a figura central criada pelo mestre John Carpenter para as famosas "fugas de", em inglês, "Escape from New York" e "Escape from L.A." respectivamente. O delfim da Carpenter está presente, como não poderia deixar de ser: é ele Kurt Russel, que acompanha Carpenter já desde clássicos como "A Coisa", "The Thing".
Na saga de Snake, esta personagem dura, de poucas falas mas de tiradas sarcásticas, luta contra o tempo e a vida, procurando resgastar e escapar de duas cidades destruídas e transformadas em prisões: primeiro Nova Iorque, com a famosa cena da aterragem no topo de uma das torres do World Trade Center com um planador, numa história passada em 1997, e, depois, Los Angeles, separada do continente pelo "The Big One", conceito californiano para o grande terramoto que a população deste estado se encontra à espera, e que, provavelmente, terá a mesma consequência que se vê no filme, e que se passa em 2013.
Em ambos os casos Snake consegue sair-se bem: no primeiro filme foge de um vilão interpretado por Isaac Hayes, resgatando o presidente dos E.U.A. sob pressão governamental exercida por um hipnótico Lee van Cleef; no segundo filme, pressionado por Stacey Keach, resgata a filha do presidente para, no final mais vingativo que já alguma vez vi e que define a frase " a vingança é um prato que se serve frio", em americano, "payback's a bitch", ele "desliga" o Mundo enquanto acende um cigarro: genial este momento.

Apesar de se falar em uma sequela em que Snake veria a fasquia da fuga elevada a uma escala planetária, pois teria que fugir do Planeta Terra antes que fosse engolido num buraco negro (seria este o argumento previsto para o terceiro filme após consulta na net), creio que a melhor forma de continuar a saga nem seria voltar no tempo e fazer um filme sobre a fuga de Cleveland, "Escape from Cleveland", uma aventura mencionada em ambos os filmes...mas sim elevar ainda mais a fasquia e propor a fuga do Haiti, em inglês, "Escape from Haiti".
As vantagens são imensas: o local das filmagens é perto dos Estados Unidos; não é preciso construir, ou neste caso destruir o cenário pois ele já se encontra montado, basta só filmar; pediam boleia ao exército americano no transporte de equipamento e ainda os utilizavam como extras, rodando um filme cuja história centrar-se-ia na fuga de Snake Plissken do Haiti que lá tinha ido para resgatar o presidente antes que o palácio caísse. Snake seria iludido nesta missão pois seria levado a crer que tinha contraído Gripe A e que se não voltasse a tempo para levar Tamiflu, afogar-se-ia em vómitos e diarreias no Haiti. A figura governamental a exercer pressão poderia ser William Shatner, e o presidente seria desempenhado por Puff Daddy, numa versão Obama, mas de Armani e coberto de jóias. Com este casting o sucesso está garantido. A razão para resgatar o presidente...nem precisa de razão, é o presidente e basta, num terceiro filme desta "bilogia" já ninguém liga a isso.
Snake terá de se infiltrar no Haiti, lançado de um helicóptero como mantimento, percorrer as ruas destruídas, desviar-se dos saques, fugir às réplicas, evitar a ajuda humanitária e apanhar o presidente resgatando-o pela cúpula boa do seu palácio.

Que tal Hollywood?

TÚNEL DA LUZ!

Ora cá está uma bela contradição: um túnel escuro, como manda a regra de qualquer túnel, mas... iluminado! Se fosse um túnel de luz... isso seria pior pois estaríamos já mais para lá do que para cá, mas é um túnel da luz o que significa que dá para um local mais reluzente. Mas não é este o caso: quem entra neste túnel não sai num sítio mais clarificado, muito pelo contrário, quem entra sai de um local iluminado para uma zona obscura onde se passam os maiores devaneios perpretados por uma cambada de trogloditas...os quais são pagos e pagamos para os ver a desempenhar a sua profissão: jogadores de futebol, acompanhados dos respectivos dirigentes.
Consegui ter acesso não só às imagens, mas também às transcrições de áudio das câmaras de vigilância desse local osbcuro da Luz, as quais disponibilizo aqui em primeira mão neste blogue! Os balões representam as falas das personagens envolvidas!