domingo, outubro 04, 2009

RODAPÉS!

Estava vendo outro dia um noticiário qualquer e lendo as notícias em rodapé cheias de erros...melhor gralhas, quando não pude deixar de mandar vir quando li que Moçambique não tinha comentado a vitória eleitoral de José Sócrates nas recentes legislativas.
Mas que caraças, o que é que isso tem de importante! Eles estam-se borrifando para quem ganha o quê em Portugal! Moçambique é mais Comonwealth que outra coisa qualquer: provavelmente já conduzem do lado esquerdo e tudo, porque é que haviam de comentar ou ter uma posição sobre esta eleição? Será que são obrigados a tal?
Já não basta o facto de não termos dado independência a esta antiga colónia quando a conjuntura histórica mundial assim o exigia e quando era a atitude mais lógica a tomar ainda temos de lhes impingir Sócrates? Tenham dó!

OS 10 MAIS CACETEIROS DO FUTEBOL PORTUGUÊS, DÉCADA DE 90

Como qualquer exercício decrescente do género, este também está cheio de subjectividade, no entanto creio que em algumas posições a margem de erro e discussão é muito diminuta. Só inclui nesta lista, ou melhor, só pensei em jogadores...oops, enganei-me, estes amigos não podem ser chamados de jogadores de futebol: é ser simpático demais!...mas só considerei figuras da 1ª divisão.
Só me lembrei assim de repente de 5 por isso conto com a vossa participação, contribuindo para completar as lista ou para remodelá-la, apresentando novos candidatos para um qualquer lugar, claro, com a devida fundamentação que deve de começar por: "ele é mais caceteiro que aquele". Findo este breve intróito relativamente maçador eis os trogloditas. (Atenção: estes indivíduos até que em alguns jogos e momentos da sua carreira futebolística, mostraram talento e alguns deles inclusive foram à selecção ou eram internacionais pelo seu país, agora a veia caceteira era a nota dominante e a marca que deixaram na modalidade em Portugal, foi no corpo dos adversários...literalmente foi essa a marca e é por isso que são mais conhecidos!)

CACETEIRO NÚMERO 5

Pois é, quem não se lembra do apelidado "G3 do futebol português", apelido dado por José Estebes. Ricardo Sá Pinto, arrecada esta última posição, por agora, não tanto por ser um jogador violento dentro do campo, se bem que também não era dos mais amigáveis e gostava sempre de um bom sarrabulho. Sim, Sá é daqueles jogadores que é capaz de correr mais de meio campo só para se juntar à confusão (se bem que essa característica é mais dos guarda-redes) correndo mais nesse momento do que no restante jogo!
Mas como dizia, a sua inclusão nesta lista não é tanto pelo que fez dentro do campo mas sim fora dele: aí sim é que este rapaz dava porrada gratuita e não eram pontapés nem carrinhos: eram socos na cara de Rui Águas que foi acudir o selecionador Artur Jorge, o primeiro a ser bafejado pelos punhos de Sá Pinto. Não o convocaram para a selecção: toma lá disto mister e quem vier atrás. Quem não se lembra desta cena de porrada protagonizada por este desvairado. O mais engraçado é que passado alguns anos é como se nada fosse e o rapaz é apelidado de grande jogador e grande profissional. Sim, grande, grande pugilista dos não convocados! Merece a lanterna vermelha, tal como deixou os olhos de Artur Jorge e Rui Águas.

CACETEIRO NÚMERO QUATRO

A fama do seu nome é lendária mas aqui o que nos interessa é a sua capacidade para dar toques nos adversários. Bobó é daqueles casos acima referidos. Até que era um bom jogador: recuperava muitas bolas, distribuia jogo... e claro, dava porrada a quem se atrevesse começar um ataque. Em suma, o trinco preferido de treinadores como Jaime Pacheco ou Mourinho. Bobó dava cada sarrafada de carrinho, esticava aquela perna para o que desse e não viesse...que neste caso era a bola camuflada de jogador, pois tinha uma infeliz pontaria. Mas lá foi campeão! Bem, desde já aproveito para dizer que nesta lista dos 10 mais caceteiros bem que se podia meter toda a equipa do Boavista dessa época pois aquilo foi dar sopa a torto e a direito, ou então qualquer equipa do FCP desde meados da década de 90. Mas há que diversificar.
Quanto a Bobó ainda me lembro de o ver expulso em vários jogos e de ver os adversários cairem perante as suas fulminantes entradas. Pela sua agressividade brutal rente ao relvado, temperada com sentido táctico e entrega ao jogo fica neste quarto lugar.


CACETEIRO NÚMERO TRÊS

Esta criatura, não há outro nome pelo qual o possa chamar, é do meu clube, numa fase para esquecer da sua história na qual quem decidia que jogadores comprar tinha o QI equivalente ao das próprias contratações e Tahar é uma delas. Jogador acéfalo, tinha todas as características de um caceteiro: Defesa central versátil, alto, estrangeiro (não tinha nada a perder neste campeonato)e a característica mais importante de todas, acreditava sempre que estava a tentar jogar a bola. Sim, o verdadeiro caceteiro, o genuíno, pensa que nunca faz falta e que está somente, ou a tentar jogar a bola, ou então deveras conseguiu jogá-la, e o facto de ter estropiado um jogador adversário é apenas uma nota de rodapé na sua agressividade de jogo. Tahar ia para um corte como se não houvesse amanhã: e não havia, mas não era para ele... Ainda me lembro do seu ar desconjuntado: pé em riste, cotovelo armado e lá ia ele sem inteligência alguma, sem pensar na zona de campo onde estava, fazer um corte...no jogador. Era um espectáculo dentro de outro! Merecidamente o bronze...e talvez com mais sorte espreite a prata. A ver vamos.


CACETEIRO NÚMERO DOIS

A sua presença nesta lista, daquele que foi um dos médios mais tecnicistas que já jogou em Portugal, deve-se única e exclusivamente a um lance. É, o mundo é ingrato! Foi o facto de ele ter feito uma coisa que nenhum dos seus antecessores conseguiu, e bem que tentaram: partir um pé ao adversário.
Latapy, jogador do FCP, persegue Jokanovic do União da Madeira nos Barreiros. Este último controla a bola e eis que Latapy vai à relva e faz um corte de carrinho em tesoura por detrás, partindo o pé a Jokanovic.

As imagens ainda hoje fazem parte do imaginário da minha geração e falar em Latapy a qualquer adepto é logo obter a resposta "Ah, o que partiu o pé ao outro!". O jogo estava sendo transmitido em directo e assisti de sofá a esta cena. Ele não era caceteiro como jogador, mas quando se entra para o FCP acabou-se: é-se reciclado para a dinâmica do clube cujos resultados em Latapy deram frutos no pé torcido de Joka. Novic fez a sua recuperação no Benfica e voltou a jogar. Latapy nunca mais partiu um pé, mas ao fazê-lo uma vez merece este lugar de topo como príncipe dos caceteiros.


CACETEIRO NÚMERO UM

Nada a dizer senão que a imagem fala por si. Vencedor indiscutível.

SUGIRO VIVAMENTE A CONSULTA DESTE SITE PARA UMAS VALENTES GARGALHADAS SOBRE A MATÉRIA: http://cromos_da_bola.blogspot.com/