sexta-feira, janeiro 04, 2008

PORQUE É QUE OS FILMES DO STEVEN SEAGAL SÃO BONS.

Bem, o título deste texto diz tudo: primeiro porque trata-se de uma afirmação o que a torna como uma assumpção verdadeira por parte de quem a escreve...eu. Não é uma pergunta nem uma exclamação como muitos gostariam. Por isso é uma certeza o que é dito.
E porque é que são bons! O que os torna tão apetecíveis de ver uma, duas, três vezes ao dia ou trezentas vezes por semana na TVi?!
Bem, primeiro que tudo não há lamechices! Aquelas cenas horrorosas que pretendem pôr a plateia a chorar nem que seja de rir não existem lá e nem sei se elas existem no argumento. Se existem são tão secundárias e mal representadas que nem damos por elas. Depois, o filme é genuíno no sentido em que Steven Seagal é realmente mestre de artes marciais, campeão e cinturão negro de aikido, e perito noutras variantes nipónicas, entrando mesmo pelo campo da prática do "chi". Nos filmes de Steven Seagal tirando uns mais recentes, não há duplos e as cenas de pancadaria grossa é ele que as faz e certamente coreografa. Bem, nalgumas não há nada para coreografar. É genuíno porque não engana quem o vai ver. Explico. Nos filmes do Steven Seagal ele encarna sempre o mesmo papel, as personagens têm sempre nomes curtos e já sabemos de antemão que ele vai partir a louça toda, quem se meter com ele vai levar porrada até dizer chega e ele nem vai ser tocado, a vai acabar tudo bem...antecedido por um banho de sangue, num périplo de osso partidos. Por isso sentamo-nos, relaxamos, pomos o saco das pipocas à frente e venha cá o entertenimento. Eu, tal como as personagens do Steven Seagal dizem, também não gosto de surpresas. Não tenho pachorra para filmes como Karaté Kid, onde uma pseudo-herói amaricado leva na boca e nos olhos durante o filme todo e somente no fim, depois ainda de levar porrada dos maus, é que consegue um turnover e sair vencedor. Por amor do Divino, se não fosse pelo mestre Miyagui a dar uma massagem de vez em quando nos maus não havia vitória do bem contra o mal. Nos filmes do Steven Seagal, que representa um bem pervertido, o bem ganha sempre. E por falar em representar, ele não o faz. Ele não é actor o que me poupa muitas lamechices e faz-me rir bastante do seu desempenho.
A previsibilidade dos seus filmes é de louvar: as suas personagens são sempre as mesmas e eu carrego aqui no sempre pois ele faz sempre o mesmo papel: polícia com passado obscuro nas forças ou serviços especiais que luta em simultâneo contra colegas corruptos, sindicatos do crime ligados à droga ou máfias jamaicanas. Se não é polícia é militar. Nas histórias a sua família é sempre ameaçada o que ainda eleva mais a sua raiva, e isso costuma acontecer a meados do filme, altura em que os ossos começam a estalar. Nos seus filmes não há cá historinha de amor lamecha: ele é frequentemente casado e com grande actrizes como Sharon Stone na fase proto abertura de pernas, mas isso não é relevante. Há umas poucas cenas íntimas mas nada que demore mais do que desapertar o soutien e se está a demorar mais é porque vão entrar uns bandidos a que ele vai ter que limpar o sebo logo na altura ou então depois de sair do seu coma de 8 ou 9 anos. As serralhas (cenas fantásticas, irreais e que nos fazem desatar à gargalhada) pululam em certos filmes especialmento nos mais recentes, mas a regra é as serralhas estarem ligadas ao seu desempenho como actor.
Por tudo isto Steven Seagal é o meu herói porque ele faz tudo para encarnar o verdadeiro herói: um herói que não leva na cara, um herói utópico sim, mas daqueles que nós gostamos de ver em acção porqaue sabemos que vai castigar sempre os que merecem e nós, e falo no plural de forma presunçosa mas consciente que é assim, nós gostávamos que as coisas no mundo fossem resolvidas assim e que o bem triunfasse sempre. Sabemos que não existem Stevens Seagais na realidade mas isso não significa que não os desejemos.

1 comentário:

Anónimo disse...

quem levou aqui um valente arraial de porrada da grossa foi a desgraçada da ortografia ...