segunda-feira, fevereiro 01, 2010

ESCAPE FROM...HAITI.


A popular saga de Snake Plissken, um anti-herói, feito anti por traição do seu governo, muita à imagem dos retornados do Vietnam que também é abordado em Rambo, é a figura central criada pelo mestre John Carpenter para as famosas "fugas de", em inglês, "Escape from New York" e "Escape from L.A." respectivamente. O delfim da Carpenter está presente, como não poderia deixar de ser: é ele Kurt Russel, que acompanha Carpenter já desde clássicos como "A Coisa", "The Thing".
Na saga de Snake, esta personagem dura, de poucas falas mas de tiradas sarcásticas, luta contra o tempo e a vida, procurando resgastar e escapar de duas cidades destruídas e transformadas em prisões: primeiro Nova Iorque, com a famosa cena da aterragem no topo de uma das torres do World Trade Center com um planador, numa história passada em 1997, e, depois, Los Angeles, separada do continente pelo "The Big One", conceito californiano para o grande terramoto que a população deste estado se encontra à espera, e que, provavelmente, terá a mesma consequência que se vê no filme, e que se passa em 2013.
Em ambos os casos Snake consegue sair-se bem: no primeiro filme foge de um vilão interpretado por Isaac Hayes, resgatando o presidente dos E.U.A. sob pressão governamental exercida por um hipnótico Lee van Cleef; no segundo filme, pressionado por Stacey Keach, resgata a filha do presidente para, no final mais vingativo que já alguma vez vi e que define a frase " a vingança é um prato que se serve frio", em americano, "payback's a bitch", ele "desliga" o Mundo enquanto acende um cigarro: genial este momento.

Apesar de se falar em uma sequela em que Snake veria a fasquia da fuga elevada a uma escala planetária, pois teria que fugir do Planeta Terra antes que fosse engolido num buraco negro (seria este o argumento previsto para o terceiro filme após consulta na net), creio que a melhor forma de continuar a saga nem seria voltar no tempo e fazer um filme sobre a fuga de Cleveland, "Escape from Cleveland", uma aventura mencionada em ambos os filmes...mas sim elevar ainda mais a fasquia e propor a fuga do Haiti, em inglês, "Escape from Haiti".
As vantagens são imensas: o local das filmagens é perto dos Estados Unidos; não é preciso construir, ou neste caso destruir o cenário pois ele já se encontra montado, basta só filmar; pediam boleia ao exército americano no transporte de equipamento e ainda os utilizavam como extras, rodando um filme cuja história centrar-se-ia na fuga de Snake Plissken do Haiti que lá tinha ido para resgatar o presidente antes que o palácio caísse. Snake seria iludido nesta missão pois seria levado a crer que tinha contraído Gripe A e que se não voltasse a tempo para levar Tamiflu, afogar-se-ia em vómitos e diarreias no Haiti. A figura governamental a exercer pressão poderia ser William Shatner, e o presidente seria desempenhado por Puff Daddy, numa versão Obama, mas de Armani e coberto de jóias. Com este casting o sucesso está garantido. A razão para resgatar o presidente...nem precisa de razão, é o presidente e basta, num terceiro filme desta "bilogia" já ninguém liga a isso.
Snake terá de se infiltrar no Haiti, lançado de um helicóptero como mantimento, percorrer as ruas destruídas, desviar-se dos saques, fugir às réplicas, evitar a ajuda humanitária e apanhar o presidente resgatando-o pela cúpula boa do seu palácio.

Que tal Hollywood?

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