quarta-feira, março 24, 2010

"Ai, meu rico Salazar!"


Foi este o desabafo que ouvi há já alguns anos, dito por um operário rude durante uma pausa num café e que me fez escangalhar a rir! Rir do Salazar? Não! Rir da nostalgia do seu tempo? Não! Rir da expressão em si? Sim, definitivamente uma das vencedoras e que pode ser usada em inúmeras ocasiões onde se deseje que as coisas fossem diferentes tal como noutros tempos. Claro que o Estado Novo e a Ditadura da União Nacional não são pêra doce no cômputo geral, mas o regime tinha alguns princípios bons, o que tem ajudado com certeza a gerar essa onda saudosista que verificamos nos últimos tempos por essa figura casta.
O Povo está descontente porque o país não sai da cepa torta e o 25 de Abril afinal não se revelou como uma revolução abrangente que encaminhasse Portugal para o progresso e que elevasse o nível de vida material e espiritual da nação. Depois destes anos todos e apesar de não ter vivido essa época penso que tal era difícil de concretizar já durante o PREC quanto mais agora, pois continuamos a ter o mesmo nível de líderes, de governantes, ou na pior expressão, de políticos: maus, mesquinhos e corruptos!
Sobrepõem-se outros interesses que o da res publica e é por isso que continuamos na cauda da Europa. O "Zé Povinho" também não ajuda e lá vai votando sempre na mesma cepa...Por isso, Portugal é um país da longa duração, imutável.
Ai meu rico Salazar, preferia-se ficar pobre e ignorante, do que pobre e consciente disso.

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