Não sei se já falei disto em entradas anteriores, mas se não o fiz mais vale tarde que nunca.
É que este tema já não é bem recente no mundo televisivo mas é pertinente como assunto de discussão.
Já vai longe o tempo das grandes séries televisivas: agora os canais quiseram tentar com que virassem de novo moda mas as ideias esgotaram-se e também a qualidade.
Fazem-se séries de tudo e mais alguma coisa que duram e duram e duram...temporadas intermináveis esgotando rapidamente o produto e as paciências.A primeira foi os Perdidos. Até comecei a vê-la com grande interesse que rapidamente desapareceu a partir do momento em que aparece numa ilha perdida do Pacífico um urso polar. Pois é!
Sem mais nem menos lá veio ele atacando e foi logo morto. Maravilha, não! Já não bastava estarem em vias de extinção no círculo polar Ártico, também não escapam nem numa ilha tropical! Só lhes falta tentar o deserto!
Mas o que me fez desistir de ver esta coisa nem foi o facto inausitado de ver um animal completamente fora do seu habitat e do absurdo que isso era mas devido ao facto de as personagens terem-no morto e pronto, já está, viraram as costas e voltaram para a sua vidinha de sobrevivência como se nada fosse, como se ursos polares em ilhas tropicais fosse uma coisa banal e os houvesse aos pontapés. É que nos episódios a seguir e até o fim da série creio eu (pelo que li na net essa questão nunca foi explicada), não se falou mais disso nem se perguntaram como é que o bicho tinha lá ido parar e do estranho do sucedido. Nada: mataram-no e ficou mesmo assim. Ridículo para dizer o mínimo. Foi por esta mais do que por outras que deixei de ver aquilo e outras do género que tentam tanto agarrar o espectador que caem no disparate.
Por isso vou ser simpático para com os produtores de Perdidos e oferecer-lhes uma explicação que, tendo em conta tudo o que se passou na série ao longo de 6 temporadas, é algo perfeitamente aceitável.
O urso era um urso polar zombie.
Era sim senhor: tinha sido infectado por um retrovírus quando atingido por um dardo tranquilizador por uma equipa de protecção da natureza com o intuito de monitorizar a espécie. O dardo estava infectado, tendo infectado também o bicho, desenvolvendo as suas capacidades cognitivas exponencialmente. Rapidamente matou a equipa e depois entrou para dentro do helicóptero tendo voado até acabar o combustível e despenhado-se numa ilha tropical onde vivia de mangas e cocos que acalmavam a sua sede de carne de outros mamíferos.
Aí está! E para o comprovar...
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